Sonar - A Escuta das Redes
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Um mergulho nas redes sociais para jogar luz sobre a política na internet.

Informações da coluna

Por Alfredo Mergulhão — Rio de Janeiro

Apontada como uma das líderes dos atos terroristas praticados no domingo, na sede dos Três Poderes, em Brasília, Ana Priscila Azevedo passou de símbolo dos extremistas a vilã. Ela foi presa ontem em Luziânia (GO) por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Após sua detenção, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passaram a classificá-la como "infiltrada", "militante de esquerda" e "petista".

Líder de um grupo no Telegram com milhares de membros, Ana Priscila Azevedo compartilhou registros nos ataques em Brasília. Em um dos vídeos ela aparece dentro do STF e no Congresso, com o patrimônio dos prédios públicos depredado.

Ana Priscila Azevedo passou a ser chamada de 'infiltrada' e 'petista' — Foto: Reprodução
Ana Priscila Azevedo passou a ser chamada de 'infiltrada' e 'petista' — Foto: Reprodução

Em uma outra postagem, em Brasília, ela pede a intervenção das Forças Armadas.

— Agora é com vocês — grita.

Depois que foi presa, a rede bolsonarista radical mudou o comportamento em relação a Ana Priscila. Ela passou a ser considerada uma sabotadora.

Ana Priscila Azevedo passou a ser chamada de 'militante de esquerda' — Foto: Reprodução
Ana Priscila Azevedo passou a ser chamada de 'militante de esquerda' — Foto: Reprodução

"A esquerda aplaudindo a prisão dela, só não observaram que ela era infiltrada, quem aplaudiu mesmo foram os patriotas que não depredam nada", diz uma postagem no Twitter.

"BEM FEITO. Ana Priscila Azevedo, que instigou a direita a realizar atos ilegais, foi presa ontem, a mando de Alexandre de Moraes. Muitos patriotas acreditam que ela seja infiltrada. Vejam o vídeo abaixo inteiro e tomem suas próprias conclusões!", diz outra publicação.

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Arrecadação de dinheiro

Conforme adiantou a coluna do Lauro Jardim, Ana Priscila coletava contribuições financeiras entre pares extremistas desde 6 de outubro, pelo menos. A extremista publicava vídeos falando em “resistência”, “intervenção militar urgente”, “fraude eleitoral” e “desobediência civil”. E junto das postagens disponibilizava uma chave PIX para pedir dinheiro que seria usado para financiar suas ações.

“Sua ajuda é importante”. Depois da vitória de Lula, a partir de novembro, emendava: “Ajude a causa. Todos nas portas dos quartéis (...)”.

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