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Quarta dose da vacina contra covid será necessária, diz CEO da Pfizer

CEO da Pfizer, Albert Bourla - John Thys/Reuters
CEO da Pfizer, Albert Bourla Imagem: John Thys/Reuters

Do UOL, em São Paulo

14/03/2022 00h11Atualizada em 15/03/2022 17h12

O CEO da Pfizer, Albert Bourla, disse, neste domingo (13), que a quarta dose da vacina da farmacêutica americana contra o novo coronavírus será necessária. De acordo com ele, a terceira dose é "muito boa" para evitar hospitalizações e mortes pela doença, mas não é tão eficaz contra infecções após alguns meses.

"Neste momento, da maneira que vimos, é necessário uma quarta dose. A proteção que você está recebendo da terceira, é boa o suficiente, na verdade muito boa para hospitalizações e mortes. Não é tão boa contra infecções", disse Bourla no programa Face the Nation da CBS.

No Brasil, até o momento, além das duas doses ou da dose única da Janssen, o país aplica a terceira dose da vacina — a segunda, no caso da Janssen —, também chamada de dose de reforço. Apenas imunossuprimidos podem tomar a quarta dose no país.

Em outros países, como Israel, Chile, a quarta dose já está liberada para um grupo maior. A França anunciou na sexta-feira (11) a aplicação dela para idosos com mais de 80 anos.

Segundo o CEO da Pfizer, a farmacêutica trabalha para produzir uma nova vacina não só contra todas as variantes do novo coronavírus, como também com um tempo maior de proteção.

"E se conseguirmos isso, então acho que é muito fácil seguir e lembrar para que possamos voltar realmente ao modo de vida que costumávamos viver", disse Bourla.

Pesquisas indicam reforço na proteção, diz Israel

Israel começou a aplicação de uma quarta dose para a população geral em janeiro deste ano. O país afirma ter estudos que apontam para uma proteção melhor com este reforço.

Uma quarta dose da vacina contra covid-19 administrada em pessoas com mais de 60 anos as tornou três vezes mais resistentes a doenças graves do que pessoas da mesma faixa etária vacinadas com três doses, segundo o Ministério da Saúde israelense.

No dia 7 de fevereiro foi a vez do Chile ampliar a aplicação da quarta dose em meio à pressão pelo aumento de casos, internações e mortes devido à variante ômicron. São vacinadas pessoas com mais de 55 anos.

Em janeiro, a dose já estava liberada para imunossuprimidos, profissionais de saúde e idosos que moram em casa de repouso.