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DE ESQUERDA?

Pantanal compra briga com bolsonaristas em alfinetada: 'Jesus é comunista'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

O ator Marcos Palmeira como José Leôncio em Pantanal; ele está olhando para o lado com cara de atenção

José Leôncio (Marcos Palmeira) em Pantanal; fazendeiro iria encarnar o 'Robin Hood à pantaneira'

ARTHUR PAZIN

arthurpazin@noticiasdatv.com

Publicado em 23/7/2022 - 5h00
Atualizado em 24/7/2022 - 14h17

José Leôncio (Marcos Palmeira) iria se mostrar bastante polêmico em Pantanal. Em uma conversa sobre política, na sala de sua fazenda, o rei do gado da novela das nove da Globo provocaria ao falar sobre Jesus Cristo na política: "Ia ser acusado de comunista", iria cravar o personagem ligado ao agronegócio. Após a publicação deste texto, o Notícias da TV verificou que a cena, que estava prevista para o capítulo de sábado (23), não foi ao ar após ser cortada pela emissora.

O diálogo teria uma série de alfinetadas aos políticos e fake news repassadas por mensagens de celulares, mas poderia ser encarado como uma compra de briga na citação envolvendo o filho de Deus e o comunismo, ideologia que é atacada pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (Partido Liberal), seus apoiadores e grande parte da ala evangélica que é aliada do governante.

O assunto viria à tona após o pai de Tadeu (José Loreto) ser chamado de "Robin Hood à pantaneira" por Jove (Jesuíta Barbosa), mas o Notícias da TV comparou o roteiro entregue aos atores e as cenas que foram ao ar. Toda a sequência sobre política não foi exibida, inclusive, cenas, que estavam programadas para depois dela, encerraram o capítulo de sábado.

O fotógrafo associaria o pai ao personagem inglês depois que José Leôncio assegurar que, se fosse político, faria o "dinhêro do povo vortá pro povo".

Confira como era a sequência escrita pelo autor Bruno Luperi:

Mesmo encarando como brincadeira o comentário do filho, o boiadeiro aproveitaria a deixa para falar sobre o apelido do herói fora da lei, que roubava da nobreza para dar aos pobres. "Bom ladrão eu só conheci um, Dimas, que morreu na cruz ao lado de Jesus... E esse nem chegô a candidato... Mais, se fosse, era capaiz de eleito", soltaria José Leôncio. 

Em seguida, José Lucas (Irandhir Santos) iria comentar que a população tem a memória "curta demais" e jogará na roda uma suposição polêmica. "Agora, se fosse Jesus que saísse candidato, eu duvido muito que recebesse um só voto", iria opinar o peão, que terá o apoio do pai. "De jeito manêra! Era capaiz de crucificarem ele ôtra veiz! Ia ser acusado de comunista", vai analisar o pecuarista.

Horário político 

Os moradores da fazenda de José Leôncio entram no clima das eleições graças a visita de Érica (Marcela Fetter), que revelou que o pai é um político. Os personagens da trama iam emendar uma prosa na outra ao falar de política

Tudo começaria por causa da televisão. "Larga isso... É horário político", diria o dono da fazenda, bravo com o filho, que tentaria convencer o pai a ver as campanhas por outro ponto de vista. "Vamos ver, pai? O senhor não acha importante ao menos conhecer os programas eleitorais dos candidatos?", perguntaria Jove.

Sem chance, o boiadeiro recusará assistir ao conteúdo. " o quê? É a mêmalenga-lenga de sempre", iria argumentar José Leôncio, que repetirá para não ligar a televisão. "Vai atrapalha a nossa prosa", iria justificar.

Falta credibilidade

Embora José Leôncio falasse que não gosta de horário político, o próprio fazendeiro promoveria uma discussão sobre o tema. "É só chegá época de eleição, e eles descobre que tem criança abandonada, que o salário mínimo é uma porcaria, os aposentado tão passâno fome, que tem muita violência na cidade. Se tivessem uma proposta que preste, eles num gastavaas fortuna que gasta fazendo campanha", discursaria o pai de Tadeu.

Aproveitando o entusiasmo do anfitrião, Érica iria perguntar qual seria o mote de sua campanha caso ele fosse um candidato. "Eu ia fazê o que ninguém tem coráge de fazê, que é propô solução de verdade pros problema desse país", anunciaria o dono da casa com sua verve de contador de causo berrando.

Todo-poderoso no palanque

Ainda diante de seu "eleitorado", José Leôncio seguiria com seu discurso. "Pra começá, num ia perdê tempo com choradêra. Que ninguém aguenta mais reclamação curpâno quem veio antes, o supremo, o congresso. Meu
pai dizia que quem mais reclama, são os que menos faiz. E pra político esse ditado cai como uma luva".

No embalo da conversa, Érica iria comentar que por isso muitos políticos são eleitos na base do ataque, e Mariana expressaria sua visão. "Campanha política virou reality show, quanto mais baixaria, maior a audiência", iria palpitar a mãe de Irma.

Este texto foi atualizado pelo Notícias da TV, caso a Globo se manifeste aos questionamentos da reportagem sobre o corte no pedido feito à Comunicação da emissora neste domingo (24), a resposta será acrescentada.

Escrita por Benedito Ruy Barbosa, a novela Pantanal foi exibida em 1990 pela extinta Manchete (1983-1999). O remake da Globo é adaptado por Bruno Luperi, neto do criador da história, e ficará no ar até outubro. Em seguida, a Globo vai estrear Travessia, trama de Gloria Perez.

Leia os resumos dos próximos capítulos da novela Pantanal.


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