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Ato falho?

Fala de Lula sobre Bolsonaro 'não gostar de gente, mas de policial' vira alvo nas redes

Lula durante evento com mulheres em São Paulo

 

Uma declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em um evento com mulheres em São Paulo, foi explorada por rivais do petista nas redes sociais neste sábado. Para ressaltar que o presidente Jair Bolsonaro (PL) incentiva o conflito, Lula afirmou que o presidente "não gosta de gente, mas gosta é de policial". Vídeos editados com apenas esse trecho da afirmação, compartilhados principalmente por bolsonaristas, passaram a circular nas plataformas digitais.

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Ainda na noite de sábado, Bolsonaro alfinetou Lula ao compartilhar um vídeo em que defende a redução da maioridade penal. "Enquanto uns acham que policial não é gente e que tem que soltar jovens ladrões, traficantes e latrocidas, nós sempre defendemos o cidadão de bem. Boa noite a todos!", escreveu.

O pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, também foi um dos políticos a se manifestar sobre a fala de Lula. Para Ciro, "Lula apertou o acelerador na corrida para superar Bolsonaro em asnice". "Quando disse que “Bolsonaro não gosta de gente, gosta de policial”, Lula cometeu não um ato falho, mas uma ação indesculpável de discriminação e desumanidade", acrescentou o pedetista.

O deputado federal Junio Amaral (PL-MG), que é policial militar reformado, também criticou o petista. "Todo mundo sabe que bandido não gosta de polícia, mas insinuar que policial não é gente, aí já é demais. Tenho certeza, Lula, que de “gente” da sua laia, não é só o Bolsonaro que não gosta, mas a maioria dos brasileiros tb não. Nem de você e nem de ladrão de celular", disparou.

O deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos-SP) lembrou outras declarações recentes de Lula, como a defesa do aborto por uma questão de saúde pública e sobre a ostentação da classe média brasileira. "As últimas declarações públicas do ex presidiário Lula sobre classe média, aborto e polícia só reforçam a máxima: a melhor arma contra um esquerdista é deixá-lo falar!", afirmou.

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A declaração de Lula ocorreu quando o petista criticou Bolsonaro e sua política armamentista:

— Ele (Bolsonaro) não gosta de gente. Gosta é de policial. Ele não gosta de livros. Gosta é de armas, de escola de tiro ao alvo, de facilitar o consumo de pistola. Quando na verdade o povo brasileiro está precisando é de paz, de livros, de escolas e de viver em clima de amor, de harmonia e de afeto.

O GLOBO mostrou no início do mês que as recentes declarações de Lula sobre aborto e classe média e a revelação da intenção de retirar 8 mil militares que ocupam cargos de confiança no governo provocaram temor no círculo do líder petista de que ele enfrente desgaste junto aos eleitores no período de pré-campanha. Na época, aliados avaliaram que as declarações foram fruto de uma mistura de excesso de confiança e de deslizes provocados pelo cansaço em virtude da rotina intensa de viagens. O petista lidera as pesquisas de intenção de voto.

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