Atualizado em
A Porta do Inferno, na cratera de Darvaza, no Turcomenistão (Foto: CC - flydime - https://www.flickr.com/photos/flydime/4671890969/)

A Porta do Inferno, na cratera de Darvaza, no Turcomenistão (Foto: CC - flydime - https://www.flickr.com/photos/flydime/4671890969/)

Um curioso ponto turístico do Turcomenistão com o nome de Portão do Inferno está com os dias contados se depender do presidente do país Gurbanguly Berdymukhamedov. O político de medidas controversas como a inauguração de uma opulenta estátua de um cão e da proibição de seus compatriotas em dizer a palavra "coronavírus", quer o fim do incêndio na cratera de Darvaza, que tem chamas ativas há cerca de 50 anos, mas não necessariamente por ter alguma ligação com o submundo espiritual ou coisa do tipo.

O presidente Gurbanguly Berdimuhammedow (Foto: divulgação)

O presidente Gurbanguly Berdimuhammedow (Foto: divulgação)

Em 1971 pesquisadores da antiga União Soviética perfuraram o local em busca de petróleo e acabaram encontrando uma grande reserva de gás. O chão do local acabou cedendo, dando lugar a uma cratera de 70 metros de diâmetros e 20 metros de profundidade, liberando gases que resultaram na morte de algumas pessoas. Como "solução", escolheram queimar tais gases, o que se esperava acabar em pouco tempo, mas as chamas já duram meio século.

O local está localizado no meio do deserto Caracum, a cerca de 257 quilômetros ao norte da capital, Ashgabat, e se tornou uma atração turística do país. O presidente requisitou que funcionários do governo encontrem uma solução para o fim das chamas porque acredita que a queima cause efeitos negativos sobre o meio ambiente e a saúde dos habitantes locais. Ele também alega que apagar o fogo pode reduzirá a perda de potenciais exportações de gás. "Estamos perdendo recursos naturais valiosos, pelos quais poderíamos obter lucros significativos e usá-los para melhorar o bem-estar de nosso povo”, disse o presidente em declarações na televisão, de acordo com a BBC.